Mercado Público de Aroeiras-PB

Sérgio Botelho – Apresento, nesta crônica memorial de hoje, mais um prédio histórico da cidade de Aroeiras, no caso o Mercado Municipal, uma bela e marcante construção da década de 1920 que conheci em excursão no último domingo, 21. Por conseguinte, erguido ainda no tempo em que Aroeiras era distrito de Umbuzeiro, pois a cidade somente foi emancipada em 1953. Situado na área central da cidade, o prédio abriga um bem-organizado comércio de gêneros de primeira necessidade, com destaque para as carnes. Embora também de cereais e verduras. Aos sábados, a feira livre ocupa os espaços próximos ao Mercado Público para fazer frente ao aumento do consumo, por conta do costume regional de reservar os sábados para as compras destinadas à semana. O município de Aroeiras, com uma área territorial de 374,697 km², fica no Agreste paraibano, com cenário nitidamente de Cariri, limitando-se ao sul com a cidade de Umbuzeiro, ao norte com Fagundes e Itatuba, ao oeste com Gado Bravo, ao nordeste com Queimadas e ao leste com Natuba. O município se liga a Campina Grande pela Rodovia Terezinha Lins Pessoa e BR-104, a João Pessoa, através da PB-090 e BR-230, e a Recife pela PB-090 e mais a PE-090 e a BR-408. Dista cerca de 56,7 km de Campina Grande, 140,5 km de João Pessoa e 143 km de Recife. Naturalmente, o Mercado Público de Aroeiras sofreu reformas durante sua existência, sem, no entanto, perder suas características originais, já tendo abrigado uma cisterna no seu subsolo destinada a parte do abastecimento d’água da cidade. Seu espaço também já foi utilizado para serviço de rádio difusão. Conta o acadêmico e aroreirense Hildeberto Barbosa Filho, que o prédio do Mercado Público já serviu até como sala de cinema, “com os sacos de cereais servindo de cadeiras para os cinéfilos”. Como é fácil perceber, o Mercado Público de Aroeiras encerra parte da história da cidade, funcionando como testemunho físico do desenvolvimento urbano e das mudanças sociais ocorridas ao longo do tempo. Com certeza, é ponto de orgulho para a comunidade, representando resiliência e continuidade ao longo da trajetória urbana da cidade. Belo prédio! Bela história!

Sérgio Botelho é jornalista e momorialista, escreve terças, quintas e sábados no PORTAL PARAHYBA NOTÍCIAS

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