A tecnologia é essencial e está em nosso cotidiano há tempos. Mas o que acontece, atualmente, com o uso excessivo de celulares por crianças e adolescentes? Essa foi a pergunta que norteou o podcast Revista Estadual da última sexta-feira (28), que contou com a participação de dois especialistas no assunto, o professor Carlos Pimentel e o professor Ítalo Oriente.
Um dos pontos interessantes e que merece atenção dos pais e adultos foi a pesquisa mencionada pelo professor Pimentel. “A Sociedade Brasileira de Pediatria citou uma pesquisa onde perguntava para adultos e adolescentes, o que eles preferiam quebrar, um dedo ou o celular? Os adultos acima dos 30 anos disseram que queriam quebrar o celular. Já os adolescentes, 46% deles preferiam quebrar um dedo da mão. Para vocês verem como é dramático”, ressaltou o professor.
O professor Ítalo, por sua vez, acrescentou que há algo intencional e proposital criado pelas empresas e um contexto que levam os pais a creditarem aos aparelhos celulares uma forma de ocupar o tempo das crianças. “Os pais delegaram a educação aos celulares, Assim, as crianças passam horas e horas no celular. Essa dependência foi criada por essas empresas. As crianças são extremamente vulneráveis e essas empresas sabem disso”, frisou.
O uso dessas telas ativa substâncias no cérebro que geram sensações boas. “Existe algo que é intencional, proposital das grandes empresas que induz para que desperte nossa dopamina, essa substância química do cérebro. Então quando houve essa facilidade que a tecnologia permitiu agora, quando você dá um clique ou um like, isso dá uma sensação de bem-estar, prazer e a pessoa fica querendo mais”, explicou Ítalo.
Em resumo, os dois entrevistados falaram que é necessário fazer o bom uso da tecnologia, usando-a em nosso favor, com moderação. Essa reeducação é necessária para que nossas crianças e adolescentes não sejam reféns das telas de celulares, tablets ou computadores.
A entrevista completa, você confere aqui.