Edição do Buyìn Dudu: Recontando nossas Histórias faz celebração a mulheres negras da Paraíba neste sábado (13)

De Tereza de Benguela às mulheres do Quilombo de Caiana, há muitas outras que seguem traçando uma trajetória de luta, visibilidade e conquistas. As que já partiram e as que estão aqui são a fonte de inspiração para a 6ª edição do Buyìn Dudu, uma iniciativa da Abayomi, que desde 2016, agrega mulheres negras e feministas na Paraíba. A edição deste ano acontece amanhã, dia 13 de julho, na Sala Vladimir Carvalho da Usina Cultural Energisa, a partir das 17h30.

O portal Parahyba Notícias conversou com Terlúcia Silva, da Abayomi, sobre a importância desse momento que é mais do que um evento. É uma celebração. “É muito simbólico chegar ao sexto ano. A honraria negra se inicia em 2019. Mesmo nos anos que foram remotos teve muita adesão. Ano passado a gente fez presencial de novo, vimos como essa honraria, o Buyìn Dudu, já fazia parte das agendas, principalmente das mulheres negras no estado da Paraíba”, contou.

Este ano, o Buyìn Dudu, que em yorubá significa honraria, celebra a existência da Yalorixá Mãe Renilda, da atriz Norma Góes, professora Graça Silva, Elza Quilombola, do Quilombo de Caiana dos Crioulos, e Maísa Félix, delegada da Polícia Civil. Cada uma, a sua maneira, tem um compromisso e uma missão que faz a mulher negra ter seu espaço na sociedade.

Terlúcia ressalta, que a honraria não é somente para pessoas com destaques em cargos ou posições altas. “Essa honraria é para toda mulher negra. Ela pode estar num lugar de destaque na sociedade, mas também pode ser aquela mãe de família que está na sua casa e que muitas vezes não se reconhece nessa luta. Mas nós sabemos que ela está. Muitas de nós também estamos assim”, afirmou Terlúcia.

A parte cultural terá, na abertura, a performance da educadora Tutu Carvalho e encerramento com Grupo de Coco e Ciranda “As Caianas”, mulheres quilombolas de Caiana dos Crioulos, de Alagoa Grande. O evento acontece dentro das comemorações do Julho das Pretas.

“É uma noite de muito, de muito afeto, de muito encontro, de muito reencontro, de muita emoção, porque as histórias são contadas, a gente coloca o filme da vida dessas mulheres, elas terão a oportunidade de falar”, disse.

Por Rogéria Araújo | Foto: Divulgação

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